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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

10 anos da ISS no espaço


Em 31 de outubro de 2000, o americano Bill Shepherd(comandante)

e os russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko (engenheiros) decolavam em uma missão inédita

em direção ao espaço.

No dia 2 de novembro, eles atracavam na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês)

e dava início à ocupação de uma das mais ousadas instalações espaciais da história.

A Nasa - a agência espacial americana -, uma das instituições que fazem parte do

programa que administra a ISS, acredita que a história da estação está longe de acabar.

Segundo Mike Suffredini, diretor do programa de administração da estação desde 2005,

em 2020 ela deverá servir a muitos propósitos, como, por exemplo, base para longas

explorações no espaço, sendo necessária para testar a "capacidade de resistência humana,

confiabilidade dos equipamentos e processos essenciais para a exploração espacial".

A estação foi construída com os esforços das agências espaciais japonesa (Jaxa),

canadense (CSA), americana (Nasa), russa (Roscosmos) e 11 membros da

Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês): Bélgica, Dinamarca, França,

Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.

Segundo a Nasa, mais de 100 mil pessoas - incluindo os funcionários de

órgãos governamentais e empresas contratadas - estão envolvidas

atualmente no projeto.

Apesar de oficialmente constar entre os países colaboradores,

o Brasil acabou saindo do projeto - devido a uma série de atrasos

nos equipamentos pedidos da Nasa - sem fornecer nem um parafuso à Estação.

Eram previstos US$ 120 milhões em investimentos. Até mesmo a Agência Espacial

Brasileira (AEB) admite hoje que o País não colaborou em nada na construção da ISS.

Contudo, antes disso, o Brasil conseguiu mandar seu primeiro - e único - astronauta

à estação. Marcos Pontes viajou em 2006 - no centenário do voo do 14-Bis, de

Santos Dumont - para conduzir oito experimentos. Comemorada por um lado, e criticada

por outro, a viagem de Pontes custou ao governo US$ 10 milhões, e o principal

resultado foi comprovar que feijões podem germinar no espaço.

Natural de Bauru (SP), o brasileiro tinha 43 anos e ficou marcado pela frase "a Terra

não é azul, e sim colorida" - uma brincadeira com Yuri Gagarin. Formado em Engenharia

Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi selecionado em 1998

pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para participar de um treinamento para astronautas

da Nasa - a agência espacial americana. Em 2000, quando acabou o treinamento,

passou a ser considerado astronauta e a fazer parte da equipe da Nasa.

No ano seguinte, a esperada viagem ao espaço foi abortada e só foi retomada em 2006.

No dia 29 de março, às 23h29 (horário de Brasília), Pontes decolou da plataforma de

Baikonur, no Cazaquistão, rumo à ISS. Na estação, executou oito experimentos, como o

teste de um sistema de refrigeração no espaço, a observação de como a clorofila atua

em microgravidade e a germinação de feijões.

Esta última experiência - que consistia em plantar feijões na ISS ao mesmo tempo

em que outros eram plantados em uma escola em São José dos Campos (SP) - foi considerada

um sucesso (os feijões germinaram no espaço).

Faça seus comentários sobre este assunto e Assista o video no final da página.

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