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sábado, 31 de julho de 2010

Sony desenvolve tecnologia que permite a criação de Blu-rays com até 1 TB de dados


Que tal um disco Blu-Ray que permite o armazenamento de 1TB de dados?


Enquanto para muitos possuir um reprodutor de discos Blu-Ray em casa não passe de um sonho distante, há bastante tempo já se fala em tecnologias capazes de tornar os discos azuis uma coisa do passado. Exemplo disso é o padrão BDXL, que ao utilizar discos com três ou quatro camadas consegue disponibilizar até 128 GB de espaço para gravação.


Porém, essa tecnologia que já impressiona por disponibilizar a capacidade de um disco rígido em um simples Blu-ray parece superada antes mesmo do lançamento. Ao menos se depender do anúncio da Sony que, junto com a Universidade de Tohoku, desenvolveu um novo laser capaz de aproveitar de forma muito mais eficiente a densidade de um disco comum.


Enquanto padrões como o BDXL aumentam o espaço disponível ao disponibilizar mais camadas ao disco (o que os torna incompatíveis com os reprodutores atuais), a Sony apostou em outra maneira de aumentar a eficiência do método de gravação. Em vez de aumentar o tamanho dos discos, a empresa decidiu aumentar a eficiência do laser utilizado.


Blu-Rays com até 1 TB de armazenamento


Assim como o laser utilizado para a gravação de um Blu-ray tradicional, a nova tecnologia utiliza um comprimento de onda de 405 nanômetros (para ter noção da escala, um nm equivale a um bilionésimo de metro). A diferença fica para a duração dos pulsos ópticos, com a duração de somente três picossegundos (um picossegundo equivale a um bilionésimo de segundo).


O novo equipamento possui uma potência de saída de até 100 watts, com frequência de até 1 gigahertz. Pode parecer pouco para quem está por dentro do assunto, mas esta capacidade de saída é cerca de cem vezes maior do que o método de gravação utilizado atualmente. Isto faz com que a capacidade de gravação seja em teoria até 20 vezes maior do que a de um Blu-ray tradicional, podendo chegar a 1TB em um disco de camada simples.


Embora existam outros métodos que já utilizam lasers de alta potência empregados principalmente em pesquisas científicas, a fonte de luz utilizada costuma ser muito grande e exige a presença de um técnico especializado para se certificar de que a operação acontece corretamente.


A Sony alega ter resolvido esse problema ao utilizar uma tecnologia que incorpora diodos semicondutores ao sistema de lasers, tornando-o mais estável e próprio para utilização em um leque muito grande de aplicações. O novo método também permite que o tamanho da fonte de luz utilizada seja drasticamente reduzido, o que pode significar leitores com dimensões menores se comparados aos atuais, por exemplo.


O novo laser semicondutor de alta potência e velocidade utiliza um método ótico não linear conhecido como “two-photon absorption” (absorção de dois fótons, em uma tradução livre), que acontece como resultado de pulsos óticos de alta intensidade.


Quando a luz é concentrada na lente durante a gravação, é criado um processo que muda propriedades químicas e termais ao redor do ponto de foco do laser, atingindo uma área menor que o diâmetro do ponto de foco da lente em si (se a explicação pareceu incompreensível, é porque realmente se trata de um processo realmente complicado).


Embora entender como o método funciona seja algo difícil e restrito aos especialistas na área, as aplicações práticas são bastante palpáveis. Esta tecnologia permite utilizar de forma muito mais eficiente a superfície de um disco, gravando dados de forma tridimensional – com a utilização de materiais que combinam elementos orgânicos e inorgânicos com propriedades adaptadas ao laser utilizado, o resultado é um espaço muito maior para a gravação de dados.


Os poucos protótipos montados até agora ocupam um espaço gigantesco e custaram em média US$ 100 mil para serem produzidos. Porém, isso tende a mudar, especialmente após a Sony ter sido bem-sucedida na gravação e leitura de dados utilizando a técnica, embora não haja nenhuma informação sobre previsões de quando a tecnologia passará a ser utilizada em escala industrial.


Novo fôlego para a mídia física


O anúncio desta nova tecnologia de gravação vai contar a tendência atual de distribuir conteúdos através dos meios digitais, e mostra que a Sony ainda está disposta a investir em meios físicos durante os próximos anos.

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